Desde o início da instalação do nosso Grupo Espírita Esperança, em Camaragibe, Pernambuco, que tivemos a companhia sempre sábia e bondosa do Pai João de Angola. Com seu jeito carinhoso, mas firme, instrui os nossos trabalhos de maneira geral e, em especial, as atividades de assistência espiritual. Uma das suas primeiras instruções foi como deveríamos abordar os espíritos que chegassem pelos médiuns. Espíritos sofredores, revoltados, desesperados. A sugestão do diálogo fraterno em oposição à doutrinação tradicional apresentou resultados imediatos e vai ao encontro da proposta de humanização das relações na seara espírita, para os que estão no corpo físico e fora dele. Afinal, como diz adequadamente Carl Gustav Jung, “ conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana ”. Pai João de Angola nos apresentou uma técnica que poderíamos denominá-la de “Diálogo da Esperança” dividida em cinco etapas: (1) ouça com o coraçã...
É comum no final das atividades do Grupo Espírita Esperança que tenhamos a comunicação dos espíritos que atuaram naquele dia. Muitas vezes, o coordenador espiritual da casa, Pai João de Angola, vem dar o seu recado. Sempre com aquele ar descontraído, mas carregado de muita sabedoria, ele deixa um conteúdo interessante para nossa reflexão. Certa vez ele se referiu aos frequentadores que chegam à casa espírita. Normalmente, sabemos, que as pessoas querem ver resolvidos os seus problemas imediatamente, possivelmente imaginando que as casas espíritas possuem algo de mágico que, num estalar de dedos dos espíritos, as dificuldades desaparecem. Muitas pessoas que procuram a casa espírita, na realidade, sequer são espíritas. Não compreendem direito o mecanismo de funcionamento das coisas espirituais e creem que aquilo que pesa nos seus ombros vai mesmo ser facilmente arrastado. Elas querem é se ver livres. Descarregadas. Voltarem às suas vidas normais. Se o problema ...