segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Comemoração e Trabalho

Amigos,
Apenas vira-se uma data no calendário, mas há motivos para comemorar.

Comemorar a oportunidade de estarmos juntos, desafiando as nossas
autolimitações e superando-as, pouco a pouco.

Comemorar o enorme aprendizado que nos alimenta de esperança para dias melhores.

Comemorar a possibilidade de servir na seara do Cristo.

Comemorar o espírito de amizade e fraternidade que cresce no nosso Gespe.

Para 2013, seguindo a linha que os espíritos amigos tem-nos dito,
desejo a todos muito trabalho.

Trabalho de reforma íntima.

Trabalho de parceria com os amigos espirituais.

Trabalho de construirmos elos mas fortes de amizade.

Trabalho de superação.

Quero agradecer a todos vocês pela contribuição a este projeto que não
é nosso, mas do Cristo.

Quero agradecer aos amigos espirituais que fazem excelente retaguarda,
sem os quais pouco ou nada faríamos.

Quero agradecer aos visitantes do Gespe que trouxeram sua esperança
para nós cuidarmos.

Quero agradecer a Deus, pedindo a Ele que "não nos deixe cair em
tentações e livre-nos do mal".

Um abraço forte, um afago no coração e o desejo de um 2013 amoroso e feliz.
Carlos Pereira

(Coordenador geral do Gespe)



segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Recesso das atividades do Gespe

Amigas e amigos,
devido às comemorações de fim de ano, informamos que o Gespe entrará em recesso de suas atividades por cerca de 15 dias, compreendendo exatamente o período de Natal e Ano Novo.

No dia 21 de dezembro, sexta-feira, será nossa última reunião pública de 2012. Neste dia não teremos o atendimento do Diagnóstico Moral e Espiritual, sendo realizado apenas o Momento de Esperança, a partir das 19h30.

Os trabalhos do Gespe serão retomados a partir do dia 04 de janeiro de 2013.
Confira abaixo o calendário geral das atividades com suas datas de suspensão e retorno: 

- Diagnóstico Espiritual: 14.12 (último dia), 04.01 (retorno)
- Momento de Esperança: 21.12 (último dia), 04.01 (retorno)
- Educação da Mediunidade: 17.01 (último dia), 07.01 (retorno)
- TE 1: 16.12 (último dia), 06.01 (retorno)
- TE 2: 19.01 (último dia), 09.01 (retorno).


Desejamos a todos e todas um Feliz Natal e um 2013 com saúde e paz de espírito.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

REFLEXÕES SOBRE O APEGO


Apego é a não-aceitação da impermanência das coisas. Na Terra nada se perpetua, somente a alma é imortal.

O apego é a memória da “dor” ou do “prazer” passado, que carregamos para o futuro. Atrás de cada sofrimento existe um apego. Quando temos algo querido ou pensamos ter a posse de alguém que muito amamos, sofremos ao nos separarmos dele. O ciúme é o resultado do apego (

medo de perder).

O desejo e o apego, privados de consciência reflexiva, estreitam nossa visão de felicidade, descartando novas possibilidades de uma vida pacífica e alegre.

A mente apegada a fatos, acontecimentos e pessoas é incapaz de perceber a sua essência. Aquele que está agarrado ao “ego” está vazio do “sagrado”; aquele que se liberta do “ego” descobre que sempre esteve repleto do “sagrado”.

O “desapego saudável” é uma vivência que leva ao crescimento íntimo e uma expansão da consciência, enquanto a experiência defensiva conduz a um bloqueio das sensações, fazendo com que as pessoas vivam numa aparente fuga social.

É preciso perceber a diferença entre o “amor real” e a “relação simbiótica”, ou mesmo o “apego familiar”. A realização espiritual não está em nos apegarmos egoisticamente aos entes queridos, e sim, nos interagirmos fraternalmente, uns com os outros.

Livro “Folhas de Outono – Idéias que mobilizam os potenciais humanos”


Espírito Hammed/ Psicografado por Fco. do Espírito Santo Neto – Editora Boa Nova.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Nazareno Feitosa no Gespe nesta sexta, 26


Amigas e amigos!!
O Grupo Espírita Esperança - Gespe recebe nesta sexta-feira, dia 26 de outubro, o expositor cearense Nazareno Feitosa.
Ele participa do Momentos de Esperança com o tema: Depressão e Alegria de Viver.
Na ocasião, Nazareno trará DVD's com diversas palestras já ministradas por ele, para quem quiser adquirir.
A exposição de Nazareno Feitosa começa às 19h30 e é aberta ao público.
O Gespe fica na Rua dos Alecrins, nº 8, Centro, Camaragibe, por trás do Colégio Estadual Frei Caneca.
Quem quiser conhecer mais do trabalho do expositor, basta acessar o blog: http://nazarenofeitosa.blogspot.com.br/

Até lá!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Escutando a Alma ...

(...) Na acústica da alma existem mensagens sobre o Plano do Criador para nosso destino. Aprender a ouvi-las e exercitar, diariamente, a plena atenção aos ditames libertadores dos sentimentos. Interferências internas e externas subtraem-nos, constantemente, a apreensão desses “recados do coração”. 

Escutar os sentimentos não significa adotá-los prontamente. Mas aceitá-los em nossa intimidade e criar uma relação amigável com todos eles. Aceitá-los sem reprimir ou se envergonhar. Essa atitude é o primeiro passo para um diálogo educativo com nosso mundo íntimo. Somente assim teremos uma conexão com nossa real identidade psicológica, possibilitando a rica aventura do autodescobrimento no rumo da singularidade – a identidade cósmica do Espírito. 

Escutar os sentimentos é cuidar de si, amar a si mesmo. É uma mudança de atitude consigo. O ato de existir ocorre nos sentimentos. Quem pensa corretamente sobrevive; quem sente nobremente existe. O pensamento é a janela para a realidade; o sentimento é o ponto de encontro com a Verdade. É pela nossa forma de sentir a vida que nos tornamos singulares, únicos e celebramos a individualidade. Quando entramos em sintonia com nossa exclusividade e manifestamos o que somos, a felicidade acontece em nossas vidas. 

O sentimento é a maior conquista evolutiva do Espírito. Aprendendo a escutá-lo, estaremos entendendo melhor a nossa alma. Não existe um só sentimento que não tenha importância no processo do crescimento pessoal. Quando digo a mim mesmo “não posso sentir isto”, simplesmente estou desprezando a oportunidade de auto-investigação, de saber qual é ou quais são as mensagens profundas da vida mental. 

O exercício do auto-amor está em aprender a ouvir a “voz do coração”, pois nele residem os ditames para nossa paz e harmonia. 

Os sentimentos são guias infalíveis da alma na sua busca de ascensão e liberdade. O auto-amor consiste na arte de aprender a escutá-los, estudar a linguagem do coração. (...)

Trecho do Prefácio, do livro Escutando os Sentimentos
Espírito Ermance Dufaux/Médium Wanderley Soares

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Joaquim Nabuco de volta em CARTAS DE UM IMORTAL


Uma grande causa nunca morre. 
É baseado nesse conceito que volta à cena um dos grandes nomes do abolicionismo e da democracia brasileira: Joaquim Nabuco. O livro “CARTAS DE UM IMORTAL” é composto por textos do espírito Nabuco psicografados pelo médium pernambucano Carlos Pereira. Na obra, o prefácio é do ex-governador e ministro Gustavo Krause. 

O livro traz 51 textos de Joaquim Nabuco divididos em dois momentos: Cartas à República e Cartas à Imortalidade. Num terceiro momento, intitulado Cartas à Nabuco, o leitor irá encontrar escritos de outras personalidades que marcaram a história do país, e que vem dar seu depoimento sobre a importância da volta ao “mundo dos vivos” de uma das vozes mais importantes do Brasil Imperial.

Nas Cartas à República, encontramos o homem político, o diplomata e o jornalista que esteve à frente das lutas sociais de seu tempo e que defendeu um Brasil mais justo e equânime para todos. A saudade do Recife, as lembranças da infância no Engenho Massangana, o novo Brasil que se avizinha são alguns dos focos dessa parte do livro. Nabuco continua lúcido e vibrante em suas análises sobre a pátria natal. Os desafios agora são bem outros, mas ainda estão, paradoxalmente, na sua origem, ligados à subtração do exercício pleno da cidadania”.

Em Cartas à Imortalidade vemos o homem Nabuco, o ser que se viu imortal e que redescobriu a vida além da morte. São textos que versam sobre a compreensão acerca de Deus, da imortalidade, do amor, e sobre a verdadeira vida. “Quando os homens tomarem conhecimento da transcendentalidade da vida, da grandiosidade do que é o existir, exterminarão qualquer pensamento de subtração da vida em qualquer aspecto que seja”.

De acordo com Carlos Pereira, o contato com o espírito de Joaquim Nabuco deu-se há cerca de três anos. “Foi preciso um esforço meu e dele para que pudéssemos realizar esse trabalho. Dele pelo seu alto nível intelectual, meu pela necessidade de conseguir me tornar um instrumento viável para reproduzir suas ideias com a fidelidade possível”, explica Carlos.

O objetivo da obra é explicado no texto introdutório escrito pelo médium, nas apresentações: “Este livro é um brado pela sobrevivência do ser. Uma tentativa do autor em alertar para a continuidade da vida. Um apelo para que acreditem que ele continua vivo, que a morte não o destruiu. Um de­poimento que vem ao encontro daqueles que já conseguiram perceber, aceitar e operar diante do paradigma da transcendentalidade. É desta forma que Joaquim Nabuco, mais do que antes, se mostra verdadeiramente imortal”.

CARTAS DE UM IMORTAL pode ser encontrado nas livrarias Imperatriz, Cultura e Saraiva. E também nas distribuidoras Candeia e Boa Nova.

Confira o vídeo do livro: 


terça-feira, 14 de agosto de 2012

A LIÇÃO DA ARANHA



O aprendiz perguntou ao Orientador, depois da aula, em torno das dificuldades humanas:
-Instrutor, onde os motivos pelos quais sempre se multiplicam os obstáculos, diante dos homens, impedindo-lhes a sublimação espiritual?

O amigo convidou o discípulo a visitar um casarão próximo, semi - abandonado.
Entraram e, numa sala espaçosa, grande aranha se mostrava presa no centro da caprichosa rede de fios, entretecida por ela mesma.
-Vês esta aranha encarcerada no labirinto, feito por ela própria? – indagou o mentor.
-Ante o sinal afirmativo do rapaz, o amigo acrescentou:
-Observemos.

Passados alguns instantes, apareceu jovem auxiliar de serviço naquela moradia quase desabitada e usando um espanador desfez o tecido, libertando a aranha, que se deu pressa em esconder sob pesado móvel.
-Voltaremos amanhã para nossos apontamentos – falou o orientador.

No dia seguinte, professor e discípulo regressaram ao casarão e, num aposento diverso, a mesma aranha se apressara no centro de outros fios tecidos por ela própria.

Decorridos poucos segundos, a jovem da véspera reapareceu e acabou com a trama, libertando a aranha que se afastou, ocultando-se em antigo móvel desocupado.

Mais um dia e, pela terceira vez, o instrutor e o aprendiz retornaram ao mesmo local, surpreendendo a mesma aranha no centro de outra complicada rede de fios, criada por ela mesma. A jovem, já conhecida, surgiu e agitando o espanador liberou a aranha que rapidamente, tomou novo esconderijo sob mala suspensa.

Foi então que o mentor, dirigindo-se ao rapaz, resumiu a lição esclarecendo.
-Lembrou você que os homens lutam com grandes entraves, no caminho da elevação, mas é preciso reconhecer que a maioria dos nossos companheiros no Plano Físico quase sempre age à maneira da aranha. O espanador providencial do sofrimento surge a libertá-los das prisões engenhadas e construídas por eles, entretanto, que podemos fazer se eles mesmos se escondem nos hábitos que acalentam e, depois, usando o livre arbítrio, criam novos problemas para eles próprios?

Da obra “AGORA É O TEMPO” –
Espírito: EMMANUEL – Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.

sábado, 28 de julho de 2012

O Amor que tenho é o amor que dou - Hammed



“...No seu início, o homem não tem senão instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas este sol interior...”


Somente se dá aquilo que se possui. Como, pois, exigir amor de alguém que ainda não sabe amar? Como requisitar respeito e consideração de criaturas que não atingiram o ponto delicado do sentimento que é o amor? 

Quem dá afeto recolhe a felicidade de ver multiplicado aquilo que deu, mas somente damos de conformidade com aquilo de que podemos dispor no ato da doação. Há diversidades de evolução no planeta. Homens mal saídos da primitividade campeiam na sociedade moderna, ensaiando os primeiros passos do instinto natural para a sensibilidade amorosa. 

Eis aqui uma breve relação de sintomas comportamentais que aparecem nas criaturas, confundindo o amor que liberta e deseja o bem da outra pessoa com a atração egoísta que toma posse e simplesmente deseja: 

- Há indivíduos que, para conquistar os outros e convencê-los de suas habilidades e valores, contam vantagens, persuadindo também a si mesmo, pois acreditam que para amar é preciso apresentar credenciais e louros, satisfazendo assim as expectativas daqueles que podem aceitá-lo ou recusá-lo.

- Há criaturas que tentam amar comprando pessoas, omitindo e negando suas necessidades e metas existências, abandonando tudo que lhes é mais caro e íntimo e depois, por terem aberto mão de todos os seus gostos e desejos, perdem o sentido de suas próprias vidas, terminando desastrosamente seus relacionamentos. 

- Alguns delegam o controle de si mesmos aos outros, cometendo assim, em 'nome do amor', o desatino de renunciar ao próprio senso de dignidade, componente vital à felicidade. Não é de surpreender que vivam vazios e torturados, pois tornaram-se “um nada” ao permitirem que isso acontecesse. 

- Outros tantos usam da mentira, encobrindo realidades e escondendo conflitos. Convictos de que têm de ser perfeitos para ser amados, temem a verdade pelas supostas fraquezas que ela possa lhes expor diante dos outros. Acabam fracassados afetivamente por falta de honestidade e sinceridade. 

- Certas criaturas afirmam categoricamente que amam, mas tratam o ser amado como propriedade particular. Por não confiarem em si mesmas, geram crenças cegas de que precisam cuidar e proteger, quando na realidade sufocam e manipulam criando um convívio insuportável e desgastante. 

Uma das características mais tristes dos que dizem saber amar é a atitude submissa dos que nunca dizem “não”, convencidos de que, sempre sendo passivos em tudo, receberão carinho e estima. Esse tipo de comportamento leva as pessoas a concordar sempre com qualquer coisa e em qualquer momento, trazendo-lhes desconsideração e uma vida insatisfatória. 

Requisitar dos outros o que eles ainda não podem dar é desrespeitar suas limitações emocionais, mentais e espirituais, ou seja, sua idade evolutiva. 
Forçar pais, filhos, amigos e cônjuge a preencher o teu vazio interior com amor que não dás a ti mesmo, por esqueceres teus próprios recursos e possibilidades, é insensato de tua parte. 

É dando que se recebe; portanto cabe a ti mesmo administrar tuas carências afetivas e fazer por ti o que gostarias que os outros te fizessem. 
Não peças amor e afeto; antes de tudo, dá a ti mesmo e em seguida aos outros, sem mesmo cobrar taxas de gratidão e reconhecimento. Importante é que sigas os passos de Jesus na doação do amor abundante, sem jamais exigí-lo de ninguém e sem jamais esquecer que és responsável pelos teus sentimentos. 

Quanto aos outros, sejam eles quem forem, responderão por si mesmos conforme o seu livre arbítrio e amadurecimento espiritual. 


Livro Renovando Atitudes - do espírito Hammed/médium Francisco do Espírito Santo Neto

terça-feira, 17 de julho de 2012

Baixa estima, por Hammed


A baixa estima ou autopiedade pode-nos levar a ser vítimas de nós mesmo, pois estaremos somatizando essas emoções negativas em forma de doenças. 

Os sintomas da enfermidade podem ser considerados a forma física de expressar uma atitude interna, ou mesmo um conflito. Portanto, doentes não são somente as vítimas inocentes de algum desarranjo da natureza, mas também os facilitadores de sua própria moléstia.


A doença sempre tem uma intencionalidade e um objetivo, surgindo nas criaturas de baixa estima a fim de alertá-las de que existe uma descompensação psíquica (seu sentimento de inferioridade) e da necessidade de harmonizá-la.



Os traços psicológicos dos indivíduos que sentem autopiedade são reconhecidos pela ausência de experiências interiores.


Hammed

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Chamado à confiança e a fé - Eurípedes Barsanulfo


Irmãos Queridos.

Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo.

Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares. Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha.

Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, vêem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis. É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.

Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! a fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável.O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta.

Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral. Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança!

Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso. São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor.

Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado.

E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós”.

Eurípedes Barsanulfo

Mensagem recebida no Centro Espírita “Jesus no Lar” - Médium - Suely Caldas Schuber

sábado, 9 de junho de 2012

O teu melhor tempo ...


Hoje é teu melhor tempo.

Sofres desrespeito por parte de companheiros.

Sofres perda financeira.

Sofres falta de afeto verdadeiro.

Sofres de solidão, mesmo entre teus familiares.

Sofres pelo falecimento de entes queridos.

Sofres deserção de amigos amados.

Sofres decepção com parentes em quem depositavas confiança.

No entanto, teu agora é a melhor chance que Deus te deu para fazeres nova avaliação  de teu conceito de fidelidade, de amizade, de respeito, de amor,
de finanças e de prosperidade, de morte física ou moral, de desilusão, de desapego.

Hoje é o tempo de mudança, agora é a melhor hora para mudar.

No "ranking da mudança", o tempo sempre introduz novidades; quer dizer,
a cada instante traz algo que não era feito antes.

Ele ocupa a posição número um, sendo considerado o grande inovador no mundo.

A existência humana nada mais é do que uma "rede" tecida através do tempo
pelos fios de hábitos.

Essa "rede" é geralmente muito tênue para ser notada, e muitas vezes forte demais
para ser rompida.

Reflete, reelabora e refaze teus ideais, ideias e crenças.

"Hoje, se lhe ouvirdes a voz, não endureçais os vossos corações".

Hoje é teu melhor momento para ouvires a voz da renovação.


Hammed


sábado, 7 de abril de 2012

Um reflexão com Chico Xavier



"Precisamos conversar desapaixonadamente sobre o nosso movimento.(...)

 É preciso que nós, os espíritas, compreendamos que não podemos nos distanciar do povo. É preciso fugir da tendência à elitização no seio do movimento espírita. É necessário que os dirigentes espíritas, principalmente os ligados aos órgãos unificadores, compreendam e sintam que o Espiritismo veio para o povo e com ele dialogar. 


É indispensável que estudemos a Doutrina Espírita junto com as massas, que amemos a todos os companheiros, mas sobretudo, aos espíritas mais humildes, social e intelectualmente falando, e deles nos aproximarmos com real espírito de compreensão e fraternidade. Se não nos precavermos, daqui a pouco estaremos em nossas casas espíritas apenas falando e explicando o Evangelho de Cristo às pessoas laureadas por títulos acadêmicos ou intelectuais e confrades de posição social mais elevada.
 

Mais do que justo evitarmos isso, a elitização no Espiritismo, isto é, a formação do "espírito de cúpula", com evocação de infalibilidade, em nossas organizações."


Chico Xavier
(Trecho de entrevista concedida ao Jornal Unificação, de São Paulo/SP, em julho de 1977)

domingo, 18 de março de 2012

Tensão Emocional, por Emmanuel


"Não raro, encontramos, aqui e ali, os irmãos doentes por desajustes emocionais. Quase sempre, não caminham. Arrastam-se. Não dialogam. Cultuam a queixa e a lamentação. ... E provado está que, na Terra, a tensão emocional da criatura encarnada se dilata com o tempo.

Insegurança, conflito íntimo, frustração, tristeza, desânimo, cólera, inconformidade e apreensão, com outros estados negativos da alma, espancam sutilmente o corpo físico, abrindo campo à moléstia de etiologia obscura. À força de se repetirem constantemente, dilapidando o cosmo orgânico.

Se consegues aceitar a existência de Deus e a prática salutar dessa ou daquela religião em que mais te reconfortes, preserva-te contra semelhante desequilíbrio.

Começa, aceitando a própria vida, tal qual é, procurando melhorá-la com paciência.

 Aprende a estimar os outros, como se te apresentem, sem exigir-lhes mudanças imediatas.

 Dedica-te ao trabalho em que te sustentes, sem desprezar a pausa de repouso ou o entretenimento em que se te restaurem as energias.

 Serve ao próximo, tanto quanto puderes.

 Detém-te no lado melhor das situações e das pessoas, esquecendo o que te pareça inconveniente ou desagradável.

Não carregues ressentimentos.

Cultiva a simplicidade, evitando a carga de complicações e de assuntos improdutivos que te furtem a paz.

Admite o fracasso por lição proveitosa, quando o fracasso possa surgir.

Tempera a conversação com o fermento da esperança e da alegria.

Tanto quanto possível, não te faças problema para ninguém, empenhando-te a zelar por ti mesmo.

Se amigos te abandonam, busca outros que te consigam compreender com mais segurança.

Quando a lembrança do passado não contenha valores reais, olvida o que já se foi, usando o presente na edificação do futuro melhor.

Se o inevitável acontece, aceita corajosamente as provas em vista, na certeza de que todas as criaturas atravessam ocasiões de amarguras e lágrimas.

Oferece um sorriso de simpatia e bondade, seja a quem for.
Quanto à morte do corpo, não penses nisso, guardando a convicção de que ninguém existiu no mundo sem a necessidade de enfrentá-la.
E, trabalhando e servindo sempre, sem esperar outra recompensa que não seja a bênção da paz na consciência própria, nenhuma tensão emocional te criará desencanto ou doença, de vez que se cumpres o teu dever com sinceridade, quando te falte força Deus te sustentará e onde não possas fazer todo o bem que desejas realizar Deus fará a parte mais importante".

Médium: Francisco Cândido Xavier
Do livro: "Companheiro" - Edição: IDE

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Fé no Momentos de Esperança desta sexta, no Gespe

Nesta sexta-feira, no Gespe,
palestra musical no Momentos de Esperança com o tema: "
Fé, combustível do ato de viver",
do livro "Prazer de Viver", de Ermance Dufaux.
A partir das 19h30, com Alexandra Torres e Robson Mello.
Não perca!!!


sábado, 18 de fevereiro de 2012

Uma reflexão sobre a idolatria aos médiuns

VOCÊS ME DESCULPEM!

Vocês me desculpem, mas precisamos nos esforçar para, em nosso Movimento, acabar com esta história de médium afetado, orador afetado e dirigente espírita afetado.

O assunto é tão sério que, tendo muita vontade de brincar – utilizando, por exemplo, em vez do termo “afetado”, o verbo “infestado” –, prometo que não vou.

Carecemos, urgentemente, de combater a idolatria, o incensamento, enfim, a adulação a certos companheiros, que, infelizmente, com ela se comprazem, e quanto!

Não façamos isto, porque estamos concorrendo para criar perigosas ilusões na cabeça de muita gente de valor, inclusive de jovens seareiros que despontam promissores, e que, sendo comuns, completamente perdidos começam a se achar...

Ora, o espírita é uma pessoa qualquer – pode não ser vulgar, e deve procurar não ser, mas é um ser humano, passível de cometer os mesmos equívocos que outros cometem, e até piores.

Infelizmente, o Movimento Espírita está se perdendo em meio a tanta pompa e circunstância...

É confete e serpentina em excesso, em carnaval que dura o ano inteiro!

Essa história de que fulano é médium, orador ou líder espírita, e, por isto, deva ser tratado com deferência, está passando das medidas – isto é coisa de quem chegou ao Espiritismo e não cresceu!

Parece até que médium espírita, por mais famoso, não come e não bebe, não assua o nariz e não vai ao banheiro.

Reconheço que, infelizmente – de novo! –, muitos médiuns fazem questão de sustentar este “oba, oba” em torno de si. Gostam de ser rodeados e bajulados, formando um séquito à sua volta – reminiscência do tempo em que, com certeza, foram barões ou duques, ou recalque por nunca terem possuído um título de nobreza!

Outra coisa: médium, seja ele qual for, não está em constante contato com os Espíritos Superiores. Sobre a Terra, o único médium espírita em tempo integral foi Chico Xavier! O resto, meus amigos, vê de vez em quando, escuta de vez em quando, sente de vez em quando – pelo menos, em relação aos Espíritos Superiores! Agora, no que tange àqueles que se encontram nos primeiros degraus de baixo da Escala, não, pois eles estão por aí na condição de comensais dos encarnados, se imiscuindo, e se promiscuindo, nos assuntos da vida cotidiana.

Vocês, companheiros de Ideal, necessitam de parar de formar seletas mesas nos Congressos e Simpósios que organizam... O Espiritismo surgiu para fazer alguma diferença, e não para fazer igual! Parem de ler currículos dos oradores convidados, e mesmo de ovacioná-los, como se fossem deuses do Olimpo!

Na revivescência do Evangelho, a Doutrina Espírita é mensageira de novos paradigmas para a Humanidade. Em vez de aplausos e deferências a esse ou àquele irmão que vem se destacando pelo seu trabalho em prol da Causa, oremos para que ele persevere e para que, sobretudo, não venha a ser mais uma vítima do melindre, da vaidade e do elogio.

Outra coisa: acabem com a chamada sala “Vip” nos Congressos... O que é isto?! As salas “Vips” dos cristãos primitivos eram as catacumbas e as arenas do martírio! Como é que, com tantas distorções, o Espiritismo conseguirá reviver o Cristianismo dos tempos apostólicos?!

Vocês me desculpem, mas muita gente está fazendo tudo errado!

Eu conheço um médium que, depois que foi chamado de “grande”, praticamente enlouqueceu...

Vocês conhecem aquela história da mulher que queria tomar passe com Chico Xavier? O Chico andava muito ocupado e, naquele exato momento, não pode atendê-la. Mais tarde, ela o procurou no Centro, o destratou na frente de todo mundo, perguntando o que ele achava que era... Eu sei que a mulher o “descascou”. E, depois, disse a ele assim: - “Agora, seu cachorro, eu vou sentar ali no banco e você vai me dar um passe...”

Sinceramente, eu acho que essas irmãs “possessas” andam fazendo falta ao Movimento – porque ninguém anda mais tendo coragem de chamar os médiuns, oradores e líderes espíritas de “poodle”, e colocá-los em seu devido lugar!

Vocês me desculpem a piada. Confesso que resisti quanto pude!

Um abraço.
INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 15 de novembro de 2011.
http://inacioferreira-baccelli.zip.net

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Jamais Desistir

Nenhum de nós se sentirá bem ante as faltas que poderia ter evitado. No entanto, nesses momentos malsucedidos, recorramos ao amor que merecemos para conosco.

A intolerância e a culpa, a tristeza e a vergonha, quando nos fazem sofrer são efeitos da nossa incapacidade de aplicar o autoamor, estabelecendo o clima da cobrança e da severidade que constituem dolorosas prisões emocionais.

O tempo presente, porém, chama-nos para a lucidez moral. Compete-nos o perdão incondicional ante os dissabores com nossas atitudes, a tolerância com nossas faltas e brandura para recomeçar.

Comecemos indagando se algo nos impede, definitivamente, de retomar a luta.

Depois oremos suplicando a extensão da misericórdia celeste. Muitos erros da caminhada servem para sentirmos o quanto ainda somos suscetíveis à queda e para reconhecermos, com mais exatidão, a extensão da nossa fragilidade.

Em seguida façamos um inventário de vitórias e esforços. Perceberemos o valor de continuar o bom combate sem tréguas.

Após esses passos, retomemos o trabalho honesto e o tempo se encarregará do restante.

Não existe ascensão espiritual  sem tropeços e enganos. Façamos o melhor que pudermos, mas, na hora infeliz e dilacerante do fracasso pensemos em Deus e adotemos como compromisso jamais desistir de lutar e buscar felicidade, trabalhando, dia após dia, pelo reerguimento e reparação em favor da nossa paz.

Lições para o Autoamor
Ermance Dufaux / Wanderley Oliveira

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O Despertar da Consciência, por Hammed

Ó tu, que dormes, desperta e levanta-te de entre os mortos, que Cristo te iluminará”. (Efésios, 5:14.)



Encontramos em muitas passagens do Novo Testamento as expressões “despertar”, “acordar”, “levantar”, todas referindo à questão do “adormecimento” característico dos seres humanos. O processo da evolução se faz da inconsciência para a consciência, do estar para o ser, da razão para a intuição, do transitório para o permanente.
 
O eminente Léon Denis afirmou que o ser dorme no mineral, sonha no vegetal, move-se no animal, desperta no hominal e sublima-se no angelical. Esse pensamento filosófico, relacionado com evolução/eternidade, é de fundamental importância para a compreensão de nosso progresso espiritual.

 
As admoestações de Jesus Cristo, aos que não ouviam nem enxergavam, para que tivesse olhos de ver e ouvidos de ouvir, nada mais era do que a mensagem do despertamento para a Vida Maior.

 
Quando Paulo disse aos efésios “Ó tu, que dormes, desperta”, não estava apenas conclamando as criaturas ao erguimento do corpo físico, mas também ao da visão interior de todas as almas imortais, com vistas a expansão da consciência de cada uma delas.

 
Não podemos exigir que todos tenham a mesma visão, que todos tenham a mesma audição, porque entendemos a diversidade de compreensão humana.

 
Somos alma com traços de caráter ainda diminutos em relação à autoconsciência, porém destinadas a uma lucidez interior cada vez maior rumo aos mundos superiores espalhados pelo Universo.

 
Não nos esqueçamos, todavia, de que no homem se encontra o microcosmo que, em síntese, é o retrato do macrocosmo. Tudo está em tudo, e todas as partes unidas fazem o todo.

 
“Levanta-te de entre os mortos, que Cristo te iluminará”, quer dizer: não devemos voltar nossa atenção para modificar as coisas de fora, mas para acordar e aprimorar as coisas de dentro.

 
Saiamos, portanto, do estado de dormência, inconsciência e imobilidade espiritual em que transitamos e despertemos nossos potenciais internos. Quando despertarmos nossa consciência, transformaremos o mundo em nós e, então, perceberemos que não eram propriamente nossos conflitos que nos incomodavam, e sim a nossa maneira de vê-los.

 
Livro: Um Modo de Entender uma nova forma de viver.

Francisco do Espírito Santo Neto, ditado por Hammed.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Influência espiritual ou problema do espírito?

Pergunta - Como podemos entender a atitude de certas pessoas que confundem a influência energética, ou nem sequer a admitem, e atribuem a espíritos ou feitiços todo o mal-estar que as acomete?

Pai João de Aruanda - Geralmente essas são pessoas mais místicas, que tendem a buscar a culpa pelo que sentem em um evento externo - seja em um ato de magia que alguém fez contra ela - em ves de assumir a responsabilidade tanto por seus atos quando por suas derrotas, seus problemas e dificuldades. Essa atitude constitui uma forma de boicote incosciente a que a pessoa se entrega e, pouco a pouco, torna-se um hábito. A mente esferma ou viciada, ou, ainda, embriagada na ilusão de atribuir todo e qualquer infortúnio a um agente externo, a um mal espiritual, vive procurando culpados ou responsáveis, enquanto ela própria fica a maior parte do tempo se desculpando. Trata-se de indivídiuos com vasta problemática emocional e psíquica, que reclamam mais os cuidados de um bom psicólogo ou psiquiatra, capaz de induzí-los à reflexão sobre a gênese e a solução de suas dificuldades, e não de um médium ou espírito para pretensamente resolver suas queixas.

Do livro, Magos Negros
Pai João de Aruanda / Robson Pinheiro

domingo, 29 de janeiro de 2012

Em abril, tem INTERMÉDIUM 2012

Nos dias 21 e 22 de abril.
estaremos realizando mais uma edição do INTERMÉDIUM.
Os detalhes do evento você confere no blog:
intermedium-gespe.blogspot.com

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A Ética da Transformação, por Ermance Dufaux

A reforma íntima é um trabalho processual que significa aquilo que obedece a uma seqüência. Em conceito bem claro, é a habilidade de lidar com as características da personalidade, melhorando os traços que compõe suas formas de manifestação: caráter, temperamento, valores, vícios, hábitos e desejos, são alguns desses caracteres que podem ser renovados ou aprimorados.
Nessa saga de mutação e crescimento o maior obstáculo é transpor o interesse pessoal, o conjunto de viciações do ego repetido durante variadas existências corporais e que cristalizaram a mente nos domínios do personalismo.
O hábito de atender incondicionalmente as imposições dos desejos e aspirações pessoais levou-nos à cruel escravização da qual muito será exigido nos esforços reeducativos para nos libertarmos do “império do eu”.
Negar a si mesmo ou “despersonificar-se”, esvaziar-se de “si”, “tirar a máscara” é o objetivo maior da renovação espiritual. Esse grande desafio a ser seguido por todos os que se comprometeram com seriedade nas nobres finalidades do Espiritismo com Jesus e Kardec.
Extenso será esse caminho reeducativo na vitória sobre nossa personalidade manhosa e talhada pelo egoísmo....
O meio prático e eficaz de consegui-lo, conforme ensinam os Bons Espíritos da codificação, é o conhecimento de si mesmo.
Entretanto, para levar o homem ao aprimoramento, ao auto-descobrimento exige uma nova ética nas relações consigo e com a vida: é a ética da transformação, sem a qual a incursão no mundo íntimo pode estacionar em mera atitude de devassar a subsconsciência sem propósitos de mudança para melhor. O espiritismo é inesgotável manancial no alcance deste objetivo. Seu conteúdo moral é autêntico celeiro de rotas para quantos desejam assumir o compromisso de sua transformação. Sem psicologismos ou atitudes de superfície, a Doutrina Espírita é um tratado de crescimento integral que esquadrinha os vários níveis existenciais do ser na ótica imortalista.
Nem sempre, porém, verifica-se tanta clareza de raciocínios entre os espiritistas acerca dessa questão. Conceitos mal formulados sobre o que seja renovação interior têm levado muitos corações sinceros a algumas atitudes de puritanismo e moralismo, que não correspondem ao lídimo trabalho transformador da personalidade, em direção aos valores capazes de solidificar a paz, a saúde e a liberdade na vida das criaturas. Por esse motivo, será imperioso que as agremiações do mundo, erguidas em nome do Espiritismo ou aquelas outras que expandam a luz da espiritualização entre os homens, investiguem melhores noções sobre a ética da transformação, a fim de oferecer a seus profitentes uma base mais cristalina sobe os caminhos e percalços no serviço da iluminação de si mesmo.
A prática essencial e meta fundamental dos ensinos dos bons espíritos são a melhora da humanidade, a formação do homem de bem. O Espiritismo em verdade, está nos elos que criamos, uns com os outros, e que passam a fazer parte da personalidade nova que estamos esculpindo com o buril da educação. Os “ritos” ou práticas doutrinárias são recursos didáticos para o aprendizado do amor – finalidade maior da causa espírita.
Na falta do amor, as práticas perdem seu sentido divino e primordial.
Em face dessas reflexões, evidencia-se a urgência da edificação de laços de afeto nos grupamentos humanos, no intuito de fixarmos na intimidade as mensagens do Evangelho e do bem universal. Afeto é seiva vitalizadora dos processos relacionais e o construtor de sentidos nobres para a existência dos homens.
O autoconhecimento, através das luzes da imortalidade que se espraia dos fundamentos espíritas, é um mapa de como chegar ao “eu verdadeiro”, à consciência.Todavia esta viagem não pode ser feita somente com o mapa, necessita de suprimentos morais preventivos e fortalecedores, necessita de uma ética de paz consigo próprio.  Somente se conhecer não basta, é necessário um intenso labor de auto-aceitação para não cairmos nas garras de perigosas ameaças nessa “viagem de retorno a Deus”, cujas mais conhecidas são a culpa, a auto-punição e a baixa auto-estima as quais estabelecem o clima de martírio. É preciso uma ética que assegure à transformação pessoal um resultado libertador de saúde e harmonia interior. Tomar posse da verdade sobre si mesmo é um ato muito doloroso para a maioria das criaturas." (...)

Trecho do capítulo "A Ética da Transformação",
do livro "Reforma Íntima sem Martírio"
Espírito Ermance Dufaux/Médium Wanderley Soares 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Um alerta sobre os ambientes de diversão

Pergunta: Que dizer de espíritos que frequentam certos lugares de diversão e de sua ação sobre encarnados? O resultado de sua ação sobre os homens não poderia ser considerado uma espécie de magia ou feitiçaria?

(...) "Espíritos que comparecem regularmente a locais de diversão onde impera o livre exercício das paixões, dos desejos sexuais e de outros tão ou mais intensos; desencarnados que frequentam lugares onde o consumo de drogas é tido como normal, são, com raras exceções, almas turbilentas, de baixíssima vibração. Meus filhos não esperam encontrar ai espíritos elevados e benfeitores da humanidade, não é mesmo? Compete a cada um procurar as companhias que lhe aprouverem; contudo, tentar contemporanizar a situação espiritual utilizando sistemas, desculpas e justificativas não passa de grande engano. Existem muitos lugares onde é possível divertir-se sem prejuízo para sua vida; há muitas companhias dotadas de valores nobres e muitos locais com frequência energética de qualidade. Nos dias atuais, não há como alegar escassez de opções em matéria de lazer. Temos de convir que quem busca ambientes de padrão vibracional rasteiro sabe o que está fazendo e anseia exatamente por aquilo que ali se oferece. Ninguém em sã consciência vai a locais assim para orar pelos que ali estão.

Assim sendo é bom que quem frequenta tais ambientes o faça consciente do perigo espiritual e dos fatores energéticos que ali fatalmente encontrará. Mais tarde, de forma alguma poderá dizer que lhe fizeram um feitiço, um ebó ou coisa do gênero. O próprio ser é o manipulador do seu destino; é o artífíce de sua derrocada; é quem faz o encantamento mental e emocional para destruir a vida que tem. É, a um só tempo, o agente, o veículo e o alvo mental de sua feitiçaria mental, verbal e emocional. Nesses lugares, pode-se até entrar sozinho, mas jamais sair sem uma companhia espiritual." (...)

Do livro Magos Negros, capítulo 4, questão 44.
(Pai João de Aruanda/Robson Pinheiro)