Nenhum de nós se sentirá bem ante as faltas que poderia ter evitado. No entanto, nesses momentos malsucedidos, recorramos ao amor que merecemos para conosco.
A intolerância e a culpa, a tristeza e a vergonha, quando nos fazem sofrer são efeitos da nossa incapacidade de aplicar o autoamor, estabelecendo o clima da cobrança e da severidade que constituem dolorosas prisões emocionais.
O tempo presente, porém, chama-nos para a lucidez moral. Compete-nos o perdão incondicional ante os dissabores com nossas atitudes, a tolerância com nossas faltas e brandura para recomeçar.
Comecemos indagando se algo nos impede, definitivamente, de retomar a luta.
Depois oremos suplicando a extensão da misericórdia celeste. Muitos erros da caminhada servem para sentirmos o quanto ainda somos suscetíveis à queda e para reconhecermos, com mais exatidão, a extensão da nossa fragilidade.
Em seguida façamos um inventário de vitórias e esforços. Perceberemos o valor de continuar o bom combate sem tréguas.
Após esses passos, retomemos o trabalho honesto e o tempo se encarregará do restante.
Não existe ascensão espiritual sem tropeços e enganos. Façamos o melhor que pudermos, mas, na hora infeliz e dilacerante do fracasso pensemos em Deus e adotemos como compromisso jamais desistir de lutar e buscar felicidade, trabalhando, dia após dia, pelo reerguimento e reparação em favor da nossa paz.
Lições para o Autoamor
Ermance Dufaux / Wanderley Oliveira
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